Ceratopteris cornuta (Beauv.) Lepr.

O gê­ne­ro Ce­ra­top­te­ris Brongn., 1822, da fa­mí­lia Pte­ri­da­ceae, inclui somente qua­tro a seis es­pé­cies, anuais ou pe­re­nes de cur­ta du­ra­ção, mais co­nhe­ci­das como sa­mam­baias d’água. Du­ran­te mui­to tem­po fo­ram con­si­de­ra­das es­pé­cie úni­ca [C. tha­lic­troi­des (L.) Brongn.] até que no fi­nal da dé­ca­da de ses­sen­ta hou­ve o desmembramento.

Na na­tu­re­za, ve­ge­tam como plan­tas an­fí­bias em la­gos, pân­ta­nos e bar­ran­cos de rios. Além da re­pro­du­ção por es­po­ros, mul­ti­pli­cam-se por ge­mi­pa­ri­da­de, com mu­das apa­re­cen­do na ex­tre­mi­da­de das fo­lhas mais an­ti­gas. Pro­li­fe­ram no meio áci­do e pou­co mineralizado.

Ce­ra­top­te­ris cor­nu­ta (Beauv.) Lepr., das Amé­ri­cas Cen­tral e Sul, su­des­te da Ásia e nor­te da Austrália, é a es­pé­cie do gê­ne­ro mais adap­ta­da à vi­da sub­mer­sa, embora se­ja co­mum en­con­trá-la ve­ge­tan­do emer­sa jun­to às mar­gens de rios e la­goas. As fo­lhas, de 50 a 80mm de com­pri­men­to e cor ver­de cla­ro, pos­suem pe­cío­lo cur­to e lim­bo re­cor­ta­do, com ner­vu­ra me­dia­na entre 12 e 25mm de lar­gu­ra. Os fo­lío­los atin­gem de 25 a 75mm de lar­gu­ra; to­da­via, os es­pé­ci­mes cul­ti­va­dos fo­ra d’água os pos­suem ri­jos e mui­to mais es­trei­tos, se­me­lhan­tes a chifres.

Ce­ra­top­te­ris cor­nu­ta ne­ces­si­ta de água áci­da (pH 6,0 - 6,5) e ilu­mi­na­ção in­ten­sa. Os nu­trien­tes qua­se não são as­si­mi­la­dos pe­las raí­zes. A mul­ti­pli­ca­ção ve­ge­ta­ti­va dá-se por meio de plân­tu­las que aparecem sobre as ex­tre­mi­da­des das fo­lhas; após um pe­río­do de crescimento, os re­ben­tos se des­li­gam da plan­ta-mãe e flu­tuam na su­per­fí­cie da água.

Texto e Foto: Marcelo Notare.




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