O gênero Samolus L., da família Primulaceae, inclui de 10 a 15 espécies, oriundas principalmente do Hemisfério Sul, ocorrendo em áreas encharcadas e rasas; algumas são encontradas em água salobra.
Samolus aff. valerandi, da América do Sul (inclusive Brasil), medra em coleções de água salobra (mangues e desembocaduras de rios) cuja profundidade varia constantemente. As folhas, obovaladas, com nervuras muito evidentes, são sésseis ou curto-pecioladas e formam uma roseta, de modo que a planta se mantém baixa (até 8,0cm de altura). As flores, bissexuadas, pequenas, de cor branca, arranjam-se em inflorescência racimosa e dão origem a grande número de sementes viáveis.
O cultivo em aquário de Samolusaff. valerandi constitui grande desafio. Com efeito, por causa de sua beleza, os aquariofilistas insistem em adquiri-la mas acabam frustrados diante de sua rápida degeneração. O sucesso depende, acima de tudo, de iluminação muito intensa. A coluna dágua não deve ser alta (até 30cm de altura) ou então deve-se usar lâmpadas de multivapores metálicos (HQI). A adubação do substrato e a adição de sal grosso de cozinha dissolver duas colheres das de café de sal para cada 100 litros de água também são medidas importantes para mantê-la verdejante.
Uma vez adaptada ao estado submerso, multiplica-se lentamente por meio de estolhos. Samolus aff. valerandi produz excepcional efeito ao ser plantada em grupo na parte dianteira do aquário.
Texto e Foto: Marcelo Notare.
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